Apresentação


Este blog destina-se a profissionais, estudantes e demais interessados nas áreas da Ciência da Informação, Arquitetura da Informação, Ciência da Computação, Tecnologia da Informação e História da Ciência, constituindo-se como um espaço para a publicação e discussão de temas que contribuam para a compreensão e desenvolvimento destas áreas

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A Segunda Guerra Mundial - A Europa Caminha para a Guerra

Segue a postagem da segunda parte do texto sobre a Segunda Guerra Mundial.

Grandes acidentes, em geral, são motivados não por uma causa única, mas por uma combinação fatal de eventos. É provável que o desenrolar da História, com suas inúmeras possibilidades de desfecho, também se comporte da mesma forma, sendo o resultado do encadeamento de uma grande quantidade de escolhas. O historiador britânico Richard Overy (1947 - ), em seu livro “1939: Contagem Regressiva para a Guerra”, nos fornece um conjunto de motivações que poderiam ter formado o cenário propício à declaração final de guerra:

“A guerra iniciada em setembro de 1939 pode ser adequadamente explicada somente no contexto da deterioração da ordem européia durante a década de 1930, quando a crise econômica, a ascensão de ditaduras autoritárias, as profundas divisões ideológicas, as rivalidades nacionalistas e o colapso dos esforços da Liga das Nações para preservar a paz se combinaram para tornar provável um grande conflito.”

Diversas correntes históricas existem sobre este período, algumas postulando que a Segunda Guerra Mundial era inevitável, outras, que simplesmente foi algo indesejado e inesperado que fugiu ao controle daqueles que estavam participando de um jogo político. O próprio Churchill a chamava de a “Guerra desnecessária”, sustentando que se a Inglaterra tivesse se rearmado alguns anos mais cedo e oferecido resistência às ambições de Hitler, de forma clara e enérgica, ela poderia ter sido evitada. A tese de Churchill é rebatida pelos historiadores da linha da inevitabilidade, que preferem acreditar que se a Inglaterra tivesse seguido por esta linha mais dura, a guerra teria apenas sido inevitável mais cedo.

Outros historiadores sustentam ainda que Hitler, ao invadir a Polônia para retomar Danzig, não esperava, em absoluto, que isso fosse provocar a declaração de guerra por parte da Inglaterra, que culminou no conflito generalizado. E que, se Hitler tivesse completado a reunificação dos povos germânicos, incluindo a Áustria, a Renânia, os Sudetos, Danzig e o Corredor, através de plebiscitos e negociações diplomáticas, dificilmente o povo inglês, impregnado que estavam pela doutrina da autodeterminação, de Wilson, apoiaria a entrada da Inglaterra numa guerra para impedir o desejo dos próprios alemães de se unirem numa pátria única. A certeza que podemos ter, amparada pela visão de Overy, é de que houve alternativas e que a inevitabilidade da Guerra pode ser questionada:

“Por maiores, ou mais temporalmente abrangentes, que fossem as forças conduzindo à guerra, houve um momento em que elas tiveram que ser confrontadas, e decisões duras tomadas, pelos principais atores históricos envolvidos. Na história daqueles dramáticos dias imediatamente anteriores a deflagração da guerra, muita coisa ainda pendia na balança. Grandes eventos geram sua própria dinâmica e sua própria história interna. Hoje, a eclosão da guerra parece uma conseqüência natural da crise internacional provocada principalmente pela Alemanha de Hitler. O que se segue tem o objetivo de mostrar que nada na história e inevitável. O estranho diálogo entre sistema e atores está no cerne da narrativa histórica. Eventos podem, eles mesmos, ser tanto causa como consequência, especialmente aqueles que levaram a Europa à guerra setenta anos atrás.”

Diversos foram os momentos decisivos em que a Guerra poderia ter sido evitada, inúmeros foram os acasos e equívocos que conduziram ao seu desfecho. Assim, ficam no ar as possibilidades plausíveis, de que o principal evento catastrófico da história recente da humanidade, pudesse ter sido evitado ou que possa ter ocorrido por acidente de percurso, precipitado por erros de cálculo, informações imprecisas e avaliações políticas equivocadas, sem que o mesmo tenha sido efetivamente planejado ou mesmo desejado por seus principais protagonistas.

Para ler o texto completo, acesse o link abaixo.

Aproveitamos para republicar a primeira parte - Antecedentes -, agora revisada.

Arquivo com os textos completos para consulta e download:
A Segunda Guerra Mundial - Antecedentes
A Segunda Guerra Mundial - A Europa caminha para a Guerra
 
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