Apresentação


Este blog destina-se a profissionais, estudantes e demais interessados nas áreas da Ciência da Informação, Arquitetura da Informação, Ciência da Computação, Tecnologia da Informação e História da Ciência, constituindo-se como um espaço para a publicação e discussão de temas que contribuam para a compreensão e desenvolvimento destas áreas

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Uma Questão de Semântica


“Para predizer o que vai acontecer, é preciso saber o que ocorreu antes.” 

Nicolau Maquiavel

Antes de iniciarmos esta viagem no tempo, seria conveniente nos determos em um breve histórico do significado do próprio termo computador.

O que, afinal, significa nos dias de hoje um “computador”? Poderíamos defini-lo, de acordo com o padrão adotado em boa parte dos livros-texto sobre o assunto, como o equipamento que lê e executa tarefas codificadas em programas armazenados internamente em dispositivos de memória de massa (unidade de disco rígido, CD ou DVD-ROM, unidade de disco flexível, etc.). Este equipamento tem a capacidade de decifrar diversos tipos de programas, pode assumir a função de vários outros aparelhos como rádio, televisão, telefone, fax, CD player, DVD, pode desenhar gráficos e até mesmo substituir toda uma tipografia. A CPU (Unidade Central de Processamento), parte mais importante deste equipamento, tem ainda a incumbência de monitorar e gerenciar todos os dispositivos de entrada e saída de dados, como o seu monitor de vídeo, o teclado, o mouse, o modem, o leitor e o gravador de CD ou DVD, mantendo-os em sincronismo e funcionando com boa performance.

Mas nem sempre este termo assumiu a conotação descrita acima. Foram os franceses que o criaram no século XVII, a partir do latim computare, como sendo o verbo computer, para representar o ato de contar ou calcular, mas foram os ingleses que deram ao verbo a forma de substantivo, para designar as primeiras calculadoras. Entretanto, até o início do século XX, segundo o Oxford English Dictionary, “um computador” não era uma máquina, mas sim uma pessoa, ou melhor, a designação para a ocupação de uma pessoa que tinha por função realizar cálculos manualmente.

Somente na década de 1930, quando o termo computador ganhou o adendo automático, assumiu seu significado mais recente para indicar uma máquina capaz de fazer cálculos. Os franceses, refletindo este novo significado, adotaram o termo ordinateur, para representá-lo. Depois, na década de 1940, surgiu o computador eletrônico, que o diferenciava das gerações anteriores de máquinas baseadas em engrenagens mecânicas. Nos anos 60 foi cunhado o termo computador digital em oposição ao modelo analógico, utilizado até que o aposto digital fosse dispensado por ter-se tornado universal. O computador eletrônico digital, ou simplesmente o nosso já familiar computador, em relação aos seus antepassados, tem como principais diferenciais trabalhar em base binária, ao invés da base decimal, e manter os seus programas modificáveis e armazenados internamente nos mesmos dispositivos de armazenamento de dados, utilizando ainda um padrão comum de codificação.

Arquivo com o texto completo para consulta e download:

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