Apresentação


Este blog destina-se a profissionais, estudantes e demais interessados nas áreas da Ciência da Informação, Arquitetura da Informação, Ciência da Computação, Tecnologia da Informação e História da Ciência, constituindo-se como um espaço para a publicação e discussão de temas que contribuam para a compreensão e desenvolvimento destas áreas

segunda-feira, 25 de junho de 2012

A subjetividade do conhecimento


As ciências sociais aplicadas, entre as quais a História, o Direito e a Ciência da Informação, lidam com interpretações de seu objeto de estudo, sem a possibilidade de acesso direto aos fatos da realidade objetiva.

Nas ciências sociais, em geral, e na História, em particular, a neutralidade é algo inexistente. Fatos (ou objetos) e sua interpretação não são unívocos. O conhecimento, enquanto definido como a apreensão pelo sujeito das características do objeto, tem um caráter relacional, transitório e polifacetado (MARTINS, 2002). Todo historiador tem seus pontos de vista e ideologias particulares sobre o objeto de estudo. Deste modo, sob uma perspectiva fenomenológica, o conhecimento histórico não pode ser neutro, na medida em que seja o produto final do trabalho do historiador, enquanto intérprete das fontes de informação do passado. Segundo Brockman (1987), “A realidade cria instrumentos e depois molda-se à imagem deles. A realidade é fabricada pelo homem. O universo é uma invenção, uma metáfora.”

A narrativa, forma de expressão comumente utilizada nas ciências sociais aplicadas, sendo uma forma natural de comunicação pela qual transmitimos a outrem a descrição de objetos, eventos e problemas, inerentemente mesclada com uma interpretação pessoal que lhes dê sentido e significado, carrega consigo certa subjetividade. Utilizada de modo mais abrangente pela literatura, a narrativa tem se mostrado importante ferramenta para a divulgação de relatos historiográficos e científicos, assim como na transmissão de informações que subsidiam a tarefa de definição de requisitos, etapa inicial e obrigatória da engenharia de software. No entanto, devido à sua natureza subjetiva, o uso da narrativa tem o potencial de acarretar problemas de imprecisão e distorção das informações que transmite.

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